Cidades

Campanha de Dilma pagou R$ 6 mi a empresa sem funcionários, diz jornal

DILMA ROUSSEF - DEDOUma gráfica de São Paulo recebeu R$ 6,15 milhões durante a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, em 2014. O problema é que a empresa, segundo a Folha de S. Paulo, não tem nenhum funcionário registrado e indica, como presidente, o motorista Vivaldo Dias da Silva, que em 2013 recebia R$ 1.490. A matéria aponta a Rede Seg Gráfica e Editora como a oitava fornecedora que mais recebeu dinheiro da campanha da petista no ano passado. O “detalhe” sobre os funcionários foi descoberto por funcionários do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o cruzamento de informações com o banco de dados do Ministério do Trabalho.

As notas entregues na prestação de contas ao TSE apontam que a gráfica era responsável pela produção de folders da campanha, mas a suspeita é de que a companhia não teria estrutura para fornecer o que foi “comprado”.  Ainda segundo a Folha, a segunda empresa que mais recebeu dinheiro durante a campanha de Dilma em 2014, a Focal Comunicação, também tinha um motorista apontado como sócio pelos documentos oficiais. A Justiça Federal deve enviar um ofício à Polícia Federal pedindo a investigação da Rede Seg. Procurado pela reportagem o empresário Rogério Zanardo disse que a empresa é de sua família e que Vivaldo é apenas um funcionário. Ele não soube explicar porque a companhia está registrada no nome do motorista.

Já a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência informou que a campanha de Dilma Rousseff recebeu várias propostas de prestação de serviços e selecionou as empresas com preços mais baixos. “A elaboração do material foi auditada pela campanha e a documentação que comprova a elaboração e entrega do material foi auditada pelo TSE”, disse a pasta. Em nota, a Rede Seg reforçou que não há qualquer irregularidade em sua atividade. . “Sendo necessário, informações complementares e documentos serão apresentados oportunamente às autoridades competentes”, afirmou. Sobre a falta de funcionários, Zanardo afirma que os membros são terceirizados e, por isso, não aparecem como funcionários registrados.

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