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Brasileiros temem solidão na velhice, diz estudo

HOMEM - IDOSO - PENSANDOA importância de adotar medidas preventivas de saúde para envelhecer bem está mais clara para os brasileiros do que para outros povos da América Latina. É o que mostra um cruzamento de dados entre duas pesquisas recentes realizadas pela Pfizer para conhecer a percepção das diversas sociedades a respeito da maturidade.

Conduzido pelo Instituto Qualibest, o levantamento compreendeu entrevistas com 989 pessoas de todas as regiões do Brasil. O segundo levantamento, ainda inédito, foi realizado pelo Instituto Nielsen com 2.165 indivíduos, ouvidos em sete países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru). Nesse grupo de países, a segurança financeira aparece em primeiro lugar, em média, entre os itens considerados mais importantes para envelhecer bem.

 
Já os cuidados preventivos com a saúde estão posicionados em quarto lugar entre as prioridades dos países latino-americanos avaliados, mas assumem a primeira colocação entre os brasileiros, que também valorizam a dieta saudável e a prática de exercícios.
Convidados a se imaginar na velhice, 77% dos latino-americanos responderam que gostariam de estar perto da família nesse momento. Já entre os brasileiros, o principal desejo foi chegar à terceira idade com saúde, opção escolhida por 75% dos entrevistados. A proximidade com a família foi lembrada por 70% dos brasileiros, considerando que era possível escolher mais de uma alternativa.
Principais temores
Os brasileiros são os que mais temem a solidão no fim da vida, na comparação com os outros países latino-americanos pesquisados. Esse receio foi declarado por 57% dos entrevistados no País, enquanto a média no grupo de países analisados foi de 35%.
“Há no Brasil uma tendência ao narcisismo, pois cultuamos muito a aparência, a juventude. Para alguns, dizer que alguém é velho pode soar até como ofensa. Então, esse medo da solidão se traduz pelo receio de não ser notado, de não ser visto pelo outro no fim da vida, quando já não se tem as características da juventude que a nossa sociedade tanto valoriza”, analisa a psiquiatra Rita Cecília Ferreira, responsável pelo Programa da Terceira Idade do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP).

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