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Bolsonaro tinha um gabinete de ladroeira, os filhos são ladrões”, diz Ciro Gomes no Roda Viva

O ex-ministro Ciro Gomes não perdeu a chance no Roda Viva, da TV Cultura, para mostrar engajamento com a sua candidatura à Presidência em 2022. Com ar de campanha eleitoral, o pedetista teve bons embates com os jornalistas da bancada. Criticou, pediu desculpas e atacou Jair Bolsonaro e os ex-presidentes Dilma Roussef e, principalmente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ciro disparou contra o atual presidente pela participação em ato a seu favor e contra o Congresso Nacional, já em meio ao surto de coronavirus, o que contraria as recomendações de especialistas em saúde. 

Segundo o ex-governador, o estímulo de Bolsonaro contra o parlamento não tem a ver com a corrupção, já que o próprio presidente teve um “gabinete de ladroeira” e tem filhos “ladrões”. Em outro momento da entrevista, ele lista os nove arquivamentos do processo contra Flávio Bolsonaro, em que é acusado de esquema de rachadinha em seu gabinete no Rio de Janeiro, e o depósito feito pelo ex-assessor Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro.

“Temos um irresponsável na presidência da República, incitando a população contra as instituições, não pelos defeitos que ela tem […] Bolsonaro tinha um gabinete de ladroeiras, os seus filhos são ladrões”, disparou Ciro.

O pedetista se mostrou incomodado com perguntas relacionadas a depoimentos passados, como quando em 2018 afirmou que a Venezuela tinha uma democracia tanto quanto Brasil e Estados Unidos.  Ciro respondeu à Thaís Oyama, da Jovem Pan, que ela não havia entendido a “fina ironia” em sua fala e negou que tenha apoiado o regime de Nicolás Maduro.

Apresentado como uma terceira via à polarização nas eleições em 2018, Ciro se mantém nesta situação ao fazer duras críticas ao que chama de “lulopetismo”. O ex-ministro da Fazenda no governo Lula explica que o partido criou um esquema de corrupção ao longo dos anos e que ao eleger Dilma Roussef sob a égide de Lula, colocou alguém despreparado e que resultou em na grave crise econômica no país. Ele acrescentou que as consequências do “lulopetismo” geraram o “bolsonarismo raivoso”.

Durante a entrevista, Ciro discordou da forma como foi abordado sobre a atitude do seu irmão, Cid, de partir para cima de policiais amotinados com uma retroescavadeira. O pedetista defendeu que não teria como resolver a questão com “elegância” e que o senador foi agredido quando tentou negociar. 

Apesar de concordar com a necessidade de uma reforma da Previdência, Ciro pontuou que o modelo aprovado que determina 40 anos de contribuição mínima a homens, pode gerar uma crise nas periferias e no sertão nordestino. Ele reforçou que os deputados do PDT foram instruídos, após uma reunião com diretórios, a votarem contra a proposta, e por isso, Tábata Amaral foi advertida na ocasião.

Bnews

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