Cotidiano

Bolsonaro não descarta estar no palanque de ACM Neto na Bahia; entenda

O palanque de Jair Bolsonaro (PL) na Bahia não está fechado e, pelo chefe do Planalto, subir no palanque do ex-prefeito ACM Neto (UB) não será um problema. Esses foram alguns dos cenários traçados pelo filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, em entrevista na manhã desta quarta-feira (9).

De acordo com o congressista, Bolsonaro não descarta ter vinculação com o grupo netista em detrimento a João Roma (Republicanos). Ele explicou que existem tratativas nacionais de Bolsonaro, o PL e o União Brasil para comporem uma possível coligação e os casos regionais entrariam na mesa de negociação. “A Bahia é ponto sensível para que esse casamento possa acontecer”, disse.

“O ACM Neto que não quer a presença do Bolsonaro na Bahia, pois ele acha que o Bolsonaro puxa ele para baixo. Eu não vejo dessa forma. Vai ser polarizada. Nos Estados onde acontecem isso, uma pessoa que tem ali, que não tem uma viés de esquerda, e fica ali em cima do muro, a tendência é que surjam alternativas ao nome dele. Foi assim que surgiu o João Roma na Bahia: foi para o governo, para um ministério importantíssimo, e nas pesquisas que estamos fazendo ele tem subido nas pesquisas, lento, mas progressiva”, comentou Flávio na Brado Rádio.

O filho do presidente fez questão ainda de enfatizar: “Na Bahia tudo é possível, mas o impasse é ACM Neto, pois tem essa percepção. Vamos respeitar. Mas é possibilidade também que o partido de ACM Neto possa tá na coligação conosco e nós tenhámos que abrir mão de alguns projetos importantes em alguns lugares, não digo que é o caso da Bahia, mas pode acontecer. O impasse na Bahia é por ACM Neto e não por Bolsonaro”.

A declaração de Flávio coloca em xeque o nome de Roma como porta estandarte do bolsonarismo no Estado. Pela briga do ministro com Neto, fica muito difícil uma composição que poderia, por exemplo, levar o ex-chefe de gabinete da prefeitura de Salvador para a cadeira de senador na chapa.

Outro ponto que é um impasse: o discurso netista de não nacionalizar o pleito e, no Estado, ter um palanque aberto quando o assunto for presidência da República.

Victor Pinto/Bnews

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