Cidades

Bebê sobrevive em acidente com caminhão tanque no Paraná

Bebê foi salvo pelo pai que morreu carbonizado, 13 veículos se envolveram no acidente.

bebe
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Um caminhão-tanque carregado de combustível, que seguia sentido Paranaguá, perdeu os freios e tombou no quilômetro 33 da BR-277, perto de Morretes, no Litoral do Paraná, por volta das 18h30 deste domingo (3). A carga explodiu e, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), três pessoas morreram.
Um bebê, segundo a polícia, foi encontrado com vida no meio do mato próximo a um veículo com duas pessoas que morreram carbonizadas. A PRF suspeita que os próprios pais teriam atirado o bebê para fora do carro a fim de salvar a criança. O bebê foi socorrido e levado até uma ambulância, informa o inspetor da PRF, Wilson Martinez. A criança está internada no Hospital Evangélico, em Curitiba, e não corre risco de morte, de acordo com o hospital. Outras duas vítimas, com queimaduras graves, foram levadas para lá e apresentam quadro estável. Elas não foram identificadas, mas, ainda segundo o hospital, estão fora de risco.
A PRF confirmou que ao todo 13 veículos se envolveram no acidente, sendo 12 automóveis e mais o caminhão. O motorista do caminhão está vivo e irá prestar depoimento sobre o que aconteceu, segundo a PRF. O incêndio foi controlado por volta das 19h30. A distância do primeiro carro e do último automóvel atingido pelo caminhão pode ser de um quilômetro.

Socorro

Um caminhão do Corpo dos Bombeiros foi até o local para conter as chamas, que eram intensas, e as viaturas da PRF também se dirigiram ao local.
Equipes da PRF chegaram a escoltar duas ambulâncias para socorrer as vítimas. A polícia confirmou que uma delas estava em estado grave e seguiu em direção ao Hospital Evangélico, em Curitiba, que é referência no atendimento a queimados.

Informações dão conta de que pelo menos outras cinco pessoas também foram encaminhadas para atendimento em hospital de Paranaguá. Seis guinchos se dirigiram para o local do acidente. A PRF irá informar o número exato de mortos e feridos quando a situação estiver controlada e a operação for finalizada.

Laudo e prisão

Segundo a Polícia Civil, que investiga as causas do acidente, o caminhão transportava cerca de 40 mil litros de etanol. “O primeiro problema que a gente procura é o sistema de freio, mas foi tudo carbonizado e isso compromete a investigação. O tacógrafo também foi incinerado, vamos ter que analisar as imagens para saber a velocidade, mas parece ser um caso clássico: fim de serra, teve um arrasto de 400 metros, freios superaquecidos e acontece esse tipo de coisa”, relata o perito Lawrence Cordeiro. O laudo deve ficar pronto em até um mês. O motorista do caminhão está detido na Delegacia de Morretes.

Trânsito

Os dois sentidos da pista foram liberados só por volta das 23h30, segundo a PRF. Segundo a PRF, a rodovia foi totalmente liberada à 1h desta segunda (4). Por volta das 7h30, o trânsito no local já fluía normalmente, mas havia um forte cheiro de queimado. O tanque do caminhão está no acostamento devidamente sinalizado e deve ser retirado nesta segunda, ainda durante o dia.

“Parecia uma avalanche”

Sobrevivente deste acidente na BR-277, Luiz Francisco da Silva, de 39 anos que reside em Curitiba, conta que se assustou quando viu o caminhão pegando fogo indo em direção de seu carro. “Parecia uma avalanche vindo. O caminhão perdeu o controle e invadiu a pista de quem sobe o litoral. Nisso ele foi tombando já pegando fogo e atingindo quem estava na frente”, relata.

Quando viu que ia ser atingido em cheio pelo caminhão em chamas, Luiz jogou seu carro para o lado. “Nisso o caminhão passou, mas as rodas atingiram meu carro. Sorte que não me machuquei”, conta. “Vou ter que comemorar meu aniversário em dois dias a partir de agora”, comenta.
A cena foi trágica. “Era muito fogo, muita gente desesperada. Muitos carros tentaram escapar do fogo e jogaram o carro na canaleta, mas foi bem ali que o combustível se espalhou. Isso fez o incêndio atingir os veículos que ficaram por ali”, relata. Fonte: Gazeta do Povo

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