Saúde

AVC e infarto matam mais mulheres do que câncer de mama e de útero

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Foto: Reprodução / Pixabay

Por mais que o câncer de mama seja apontado como uma doença que mata muitas mulheres, o que poucas pessoas sabem é que alterações cardíacas e doenças cardiovasculares estão associadas a um terço de todas as mortes de mulheres em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) um terço de todas as mortes de mulheres. Um estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em 2016 apontou que 17 milhões de brasileiras têm problemas de coração.

 

Conforme estudo da SBC, as doenças do aparelho circulatório são a principal causa de mortalidade feminina no Brasil. O médico cardiologista Fausto Stauffer, destaca que as taxas de mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) e infarto em mulheres são maiores até mesmo que a incidência dos cânceres de mama e útero.

 

De acordo com o médico, a faixa etária de maior risco, é a partir dos 60 anos. “Nesta idade, o número de mortes por doença cardiovascular é de quatro a seis vezes maior que por câncer ginecológico”, afirma. Stauffer ressalta também que é controlar os fatores de risco para doença aterosclerótica (placas de ateroma), que nada mais é do que o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.

 

“Esse acúmulo leva ao estreitamento das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo para os órgãos. No caso do cérebro, ocasiona o AVC e no coração, o infarto” explica. O médico indica a prática de exercícios físicos para controlar o peso, a pressão arterial e os níveis de glicose no sangue, além de não fumar. O cardiologista alerta que para infarto é preciso valorizar sempre a dor no tórax, associada ou não a outros sintomas, como, mal estar, suor frio, sensação de desmaio, dor ou dormência no braço. É necessário ainda notar se há qualquer dificuldade para movimentar um membro, caminhar, falar ou se há perda súbita de consciência. Esses sintomas, segundo Stauffer, podem indicar um quadro de AVC. É sempre bom procurar a ajuda de um especialista para usar medicações que diminuem o dano e ao mesmo tempo diminuem a chance de ter um novo. Além disso, nos dois casos é importante a reabilitação. “O risco é maior nas mulheres na menopausa, independente se fazem ou não reposição hormonal”, aponta. (BN)

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