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Atriz de “Pega Pega” leva 6 horas para gravar cena com canguru; entenda

BEBETH E CANGURUUm canguru roubou a cena nos primeiros capítulos de “Pega pega”, nova novela das 19h, da Rede Globo. No universo particular de Bebeth (Valentina Herszage), o bichinho de pelúcia encontrado na mata enquanto ela fugia do pai, Eric (Mateus Solano), ganhou voz e movimentos graças à imaginação da adolescente e a uma animação em 3D.

Mas transformar em realidade o mundo mágico da menina, traumatizada após a perda precoce da mãe, não foi uma tarefa simples.

“Faço a mesma cena cinco vezes. Começo contracenando com a boneca desanimada só para ter uma referência, depois repito com a boneca e dois manipuladores. Na terceira vez, a gente tira a boneca. O que vale é a minha interpretação contracenando com o nada. Em seguida, gravo mais uma vez com o nada e com um fundo azul atrás. Na quinta vez, às vezes tem um robô que faz os movimentos que serão vistos no ar através da animação”, explica a atriz de 19 anos, estreante em novelas, ao jornal Extra, que passa até seis horas para gravar uma cena com o canguru.

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Na sinopse de “Pega pega”, a autora Cláudia Souto compara a relação de Bebeth com a canguru Flor (batizada assim porque a boneca usa um lenço florido no pescoço) a de Calvin e Haroldo, sucesso nas tirinhas. Mas a parceria na novela não será tão duradoura quanto a dos personagens dos quadrinhos. As alucinações de Bebeth estão previstas para acabar a partir do capítulo 20.

Tecnologia

Foi em setembro de 2016 que a canguru Flor começou a ser gerada. Os pais da “criança”, quatro designers e três animadores, integrantes da equipe de efeitos visuais de “Pega pega”, deram o pontapé inicial no trabalho fazendo protótipos do animal através da técnica chamada de “fotogrametria”.

Em seguida, o molde físico ganhou uma versão digital e, a partir daí, veio a construção do esqueleto computadorizado, chamado de “rigg”, a colocação de textura para dar a impressão de pêlo e, finalmente, a animação.

“Como Bebeth não reconhece a canguru como um boneco, aos olhos dela precisávamos imprimir realidade. Partimos para um caminho de fazer esse personagem em 3D, ou seja, colocar uma ideia de cartoon. Fomos atrás de um caminho que tem tecnologia. Mas minha intenção do uso da tecnologia é escondê-la. Não estou fazendo uma obra de ficção científica, observa o diretor artístico Luiz Henrique Rios, completando: “A tecnologia entra para que, de alguma maneira, nos possibilite contar uma história e criar esse mundo ficcional, a fim de que o público viaje conosco”.

 

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