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Assassinatos de LGBTs crescem 27% no Brasil

Pesquisa divulgada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) revelou que o número de assassinatos de homossexuais aumentou 27% no Brasil em 2012. De acordo com o levantamento, foram  registrados 338 assassinatos de gays, lésbicas e travestis no último ano – contra 266 em 2011 -, o que representa um homicídio a cada 26 horas. Desde 2005, quando foram registrados 81 casos, o montante aumentou 317%. Na Bahia, o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais mostrou que ocorreram 29 assassinatos em 2012, um a mais em relação ao ano anterior.
São Paulo foi o Estado com maior número de vítimas (45), seguindo por Pernambuco (33). A Bahia aparece em terceiro. Alagoas lidera em termos relativos, com índice de 5,6 assassinatos por cada milhão de habitantes.O relatório, feito anualmente pelo GGB, mais antiga organização de defesa de homossexuais do Brasil, é baseado em notícias publicadas na imprensa e em informações de organizações não  governamentais (ONGs).
Segundo o coordenador do levantamento, o antropólogo Luiz Mott, 99% dos homicídios registrados tiveram motivação homofóbica. “A ideologia machista e a homofobia cultural levam a população em geral a considerar o homossexual como réu e não como vítima, associando o público LGBT à criminalidade”, afirmou.
Para Mott, por trás dos números da pesquisa estão “a impunidade e o descaso do poder público com a questão”. “Solicitamos, sem sucesso, a criação de uma coordenação estadual LGBT, para discutir a formação de um plano de ação para garantir a segurança pública dos locais frequentados por essa população e políticas de conscientização para evitar situações de risco para o público LGBT”, disse.
Segundo o estudo, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking  mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de homicídios. Os gays são as maiores vítimas, com 188 registros, seguidos de 128 de travestis, 19 de lésbicas e dois de bissexuais.

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