Aprovadas em concurso do INSS questionam exames invasivos
Um grupo de mulheres que foram aprovadas no último concurso do INSS questionou a exigência da realização de exames de citologia oncótica (Papanicolau) e colposcopia para tomar posse do cargo. O caso foi parar na Justiça.
Ainda de acordo com Patrícia, os homens são tratados de maneira diferente. Para eles, a posse do cargo exige apenas exame de sangue.
O concurso foi aberto no fim de 2015 e a nomeação saiu em dezembro do mesmo ano. Na época, Patricia recebeu um documento do INSS, intitulado “acolhimento ao novo servidor”, que informava detalhes sobre os exames exigidos para a inspeção de saúde.
“Você não encontra nenhuma informação sobre os exames invasivos no edital, não há nada”, afirma. “Nós, mulheres, nos organizamos e fizemos uma carta de repúdio ao INSS, que simplesmente nos ignorou”, completa.
Segundo o site JC Concursos, o caso foi levado à Defensoria Pública da União, em São Paulo. Em seguida, uma ação civil pública foi movida contra o INSS, pedindo a anulação da exigência dos exames de citologia oncótica e colposcopia. No dia 26 de dezembro uma sentença foi expedida, mas a Justiça, no entanto, negou a solicitação.
Mesmo contra sua vontade, Patrícia realizou os exames para poder ocupar o cargo preterido. A decisão custou R$ 750 para concurseira. “É muito caro para quem está desempregada, mas preciso, quero trabalhar. Não posso perder a vaga”, disse.
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