Cotidiano

Após série de assaltos, moradores juntam dinheiro e doam viatura à PM

VIATURA - JOSE GONCALVESAssustados com a violência, os moradores do distrito de José Gonçalves, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, juntaram dinheiro para comprar uma viatura para a Polícia Militar por causa do número de assaltos na região. O veículo foi entregue há seis meses para o conselho de segurança pública, mas está parado aguardando liberação de documentação.

O veículo doado pela comunidade já foi plotado e equipado para uso da polícia. Segundo comandante da 92ª Companhia de Polícia Militar, Edmário Araújo, responsável pelo policiamento da zona rural de Vitória da Conquista, questões burocráticas de documentação do veículo precisam ser resolvidas para que ele possa circular. “O que precisa agora é que o termo de comodato, que foi feito entre o conselho de segurança pública e a Polícia Militar, seja assinado para que, de maneira legal, esse carro possa estar à disposição da comunidade”, conta o capitão. De acordo com ele, até o final do mês o veículo deve começar a ser utilizado.

Insegurança – Na última semana, um mercado do distrito foi assaltado pela sétima vez e o comércio tem fechado mais cedo por causa da insegurança. Câmeras registraram o momento em que o suspeito desce do carro e entra no estabelecimento com uma mochila na mão.

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Ao encontrar a funcionária que está no caixa, ele encosta a arma e anuncia o assalto. Uma mulher de camisa preta que aparece no vídeo é cúmplice do rapaz. Segundo o dono do mercado, que preferiu não se identificar, ela já estava no local antes do homem chegar. Em outra imagem, ela rouba o celular de uma cliente do mercado e os dois saem, entram no carro e vão embora. “Não temos como ficar com o comércio aberto até mais tarde. Quatro horas da tarde tem assalto aqui. Não só o comércio em si, a comunidade também está sendo assaltada.

É roubo de celular, é roubo de moto”, diz um comerciante, que preferiu não se identificar. Os moradores estão assustados. Pelas ruas do distrito, a sensação é de medo e insegurança. “A gente fecha as casas cedo, não é? Não sai na rua à noite”, conta um morador. “Muito medo, não é? Porque a gente tem criança e precisa vir até José Gonçalves (distrito) para comprar as coisas. É muito preocupante para nós”, diz outro morador. Quem mora em josé gonçalves há mais tempo diz que nunca viu tanta violência como agora. “Agora que o número cresceu e a gente está aterrorizado com isso, não é?” (G1)

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