A decisão da Heineken em adotar o ‘Dia Sem Carne’ em 20 de março (Dia Mundial sem Carne) não agradou pecuaristas brasileiros, que revidaram lançando o dia de ‘Churrasco Sem Heineken’.
Tudo começou após a marca de cerveja lançar em suas redes sociais a seguinte campanha: “Neste Dia Mundial sem Carne, que tal comer e beber mais verde? A cerveja feita com água, malte, lúpulo e nada mais é a opção perfeita para o acompanhamento de hoje”.
Pouco tempo depois pecuaristas e representantes do agronegócio rebateram: “Com esta campanha, a empresa demonstra total desrespeito e desconsideração à pecuária brasileira, que é motivo de orgulho por ser a primeira pecuária comercial do mundo”.
A declaração foi assinada pela Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT), por meio de nota. A entidade lembrou ainda a importância que o setor teve em 2020 para que a economia brasileira não apresentasse resultados ainda mais negativos devidos aos prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus.
A Heineken até tentou minimizar o caos, dizendo “Para não restarem dúvidas, além de água, malte e lúpulo, sabe qual nosso ingrediente secreto? O respeito por todos os gostos”, mas não deu muito certo.
Nas redes sociais, integrantes da pecuária e do agronegócio começaram a debater o tema, alguns dizendo que se a intenção fosse a saúde da população, o primeiro a ser cortado deveria ser a cerveja, chamado de “vilão da saúde”. Bahia.ba
Nota da empresa.
A Heineken respeita a diversidade de gostos e a livre escolha do consumidor. Seja para acompanhar um bom churrasco, uma salada ou qualquer outro tipo de refeição, para nós o mais importante é que as pessoas possam ter uma cerveja de qualidade para essas ocasiões. Em relação ao post do último dia 20, o único objetivo era reforçar que, por ser uma cerveja com ingredientes naturais em sua receita, feita exclusivamente com água, malte e lúpulo, e nada mais, também é uma opção viável ao público que segue um estilo de vida diferente e opta pelo consumo de produtos veganos. Assim como é uma opção às pessoas que amam carne. O fato não significa, de forma alguma, a desvalorização de qualquer setor da economia, apenas ressalta o direito de escolha dos consumidores.