Vale do JiquiriçáGeral

Após fortes chuvas e alagamentos, Santa Inês realiza mutirão de testagem e implanta COE

Casas desmoronadas, ruas alagadas e famílias desabrigadas são algumas das consequências deixadas pelas chuvas ao passar por Santa Inês (BA), no Vale do Jiquiriçá, entre os dias 20 e 23 de abril. Mas o desastre não ficou por aí, quem acreditou que ao cessar a enxurrada as demandas estariam resolvidas, não contou com a análise do pós-evento, que desta vez é agravada pela covid-19. Em busca de uma visão geral do quadro, o município está realizando um mutirão de testagem rápida e implantando o Comitê Operacional de Emergências em Saúde (COE) a fim de manter-se preparado para atender às necessidades da população.

Após decretar oficialmente Estado de Emergência no dia 26 de abril, a Cidade dos Dinossauros está tomando todas as providências para atender aos anseios da população. O evento que atingiu diretamente mais de 500 pessoas deixou marcas por toda a cidade.

Características em situações como esta, é a tendência no aumento da transmissão de doenças como a leptospirose, hepatite e malária. A catástrofe aumenta também o risco de exposição a animais peçonhentos, já que esses passam a procurar abrigos em escombros ou em domicílios próximos à região afetada.

Porém, em 2021, os danos vão além, pois o fato acaba ocasionando a quebra da quarentena, tendendo a aumentar o número de pessoas infectadas pela Covid-19. Com casas desmoronadas ou em local que oferece risco de desabamento, diversas pessoas foram abrigadas em casa de familiares, o que facilita a transmissão do vírus.

Para avaliar a situação, a Secretaria da Saúde, reuniu-se com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs); ficou decidida a realização de 3 mil testes rápidos destinados às famílias atingidas diretamente pelas enxurradas e as pessoas com as quais os mesmos tiveram contato. Na ocasião também foi direcionada a implantação do COE.

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Atualmente a cidade conta com 38 casos ativos, aumento considerável, já que no último mês o diagnóstico positivo não ultrapassava a primeira casa decimal.

Sobre os efeitos das chuvas em Santa Inês

Mediante os desabamentos e alagamentos provocados pela chuva, a população atingida foi direcionada para o Hospital e Maternidade Maria Leandra onde receberam os primeiros atendimentos e o apoio da equipe de psicólogos que está acompanhando as pessoas afetadas.

Relatórios divulgados no dia 30 de abril mostram que ocorreu o registro de 412 desabrigados (103 famílias), 352 pessoas ficaram desalojadas (88 famílias) e 3.251 pessoas foram diretamente afetadas pela tempestade, apesar de não se enquadrarem nas condições citadas anteriormente. Foi atingida também a pavimentação do centro do município e diversas outras regiões.

Vale salientar que em função dos cuidados necessários de contenção a proliferação do Covid-19, bem como os danos provocados pelas chuvas nas instalações públicas de ensino, os desabrigados e desalojados foram acolhidos por familiares e voluntários, alocados para aluguel social e outros. Estando o município vivenciando o sistema de coabitação.

O alto índice de precipitações pluviométricas iniciadas no dia 20 abril com evolução gradual até o dia 23 de abril de 2021, atingiu cerca de 218,07 milímetros de chuva (Instituto Nacional de Meteorologia).

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