Cotidiano

Após boatos, autoridades de saúde negam ‘vaca louca’ em Niterói

VACA LOUCA NITEROIDepois que áudios começaram a circular no WhatsApp dando conta de que casos suspeitos do “mal da vaca louca” teriam sido registrados em Niterói (RJ), a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro divulgou nota negando a informação.

Segundo as autoridades de saúde, o que existem são três casos suspeitos da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que estão sendo monitorados, por meio de entrevistas feitas por técnicos com os doentes e seus familiares. Não houve notificações de mortes.

A DCJ é uma doença regularmente diagnosticada no Brasil, que afeta menos de 2 pessoas por milhão de habitantes por ano, segundo o Ministério da Saúde. O paciente desenvolve uma demência progressiva e, em 85% dos casos, a doença aparece sem ter sido transmitida. Os outros 15% ocorrem por transmissão hereditária ou em consequência de procedimentos cirúrgicos ou com uso de instrumentos neurocirúrgicos ou eletrodos cerebrais contaminados.

Porém, a DCJ tem uma variante conhecida como vDCJ, que é uma espécie de versão humana do “mal da vaca louca”. No entanto, segundo as autoridades, não há, até o momento, qualquer evidência da relação dos casos de Niterói com o consumo de carne bovina.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) repudiou os boatos e disse que não “realizou qualquer exame diagnóstico ou recebeu casos suspeitos do ‘mal da vaca louca'”. A entidade pede ainda que a população “busque informações de fontes seguras e confiáveis”.

O Ministério da Saúde também assegurou que o consumo de carne de vaca é seguro no Brasil. “Essas informações que estão circulando nos áudios não são reais. É muito seguro o consumo da carne vermelha de origem bovina no Brasil no sentido do risco de transmissão da doença da vaca louca porque essa doença nunca foi descrita no nosso país”, afirmou Sérgio Nishioka, coordenador geral de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde.

 

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