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Apesar de 'frustração', Ronaldinho fez Fluminense ser vice-líder em adesão de sócios

RONALDINHO - FLUMINENSE - COLETIVAO vice-presidente de futebol do Fluminense, Mário Bittencourt, resumiu o sentimento do torcedor sobre a passagem de Ronaldinho Gaúcho pelo clube como “frustração”, em uma só palavra. Apesar disso e de apenas dois meses e meio como jogador do clube, o craque representou um grande aumento de receitas para o Tricolor. Do começo de julho até o fim de setembro, o Flu teve a segunda maior adesão percentual de sócios-torcedores em todo o Brasil, com um crescimento de 36,3% em seu quadro social, de acordo com o Movimento Por Um Futebol Melhor.

“Com relação a se pagar, eu costumo dizer que os atletas podem te dar três tipos de retorno: de visibilidade, técnico e financeiro. No caso do Ronaldinho, o retorno que a gente teve com ele foi enorme, a chegada dele transformou muitos números no clube, uma alavancada de uma série de situações, do ponto de vista do Flu foi uma oportunidade que trouxe retorno de marketing e visibilidade, retorno técnico, como todos viram, não houve”, declarou Mário Bittencourt.

Os números citados apenas superficialmente pelo dirigente são expressivos, diferentemente da marca negativa de nenhum gol feito, nenhuma assistência e apenas três dribles certos em sua passagem pelo Fluminense.

“Sem dúvida, a palavra que fica é frustração, óbvio que quando pudemos trazer, a gente pensou em ver o que ele fazia em outros lugares. Qualquer jogador que se contrata você pensa que ele pode dar o melhor possível”, disse Bittencourt.

De acordo com levantamento do ESPN.com.br, quando da chegada do jogador, eleito o melhor do mundo em 2004 e 2005, o clube das Laranjeiras registrava pouco mais de 25 mil sócios. Passado o período relâmpago em que R10 esteve no Flu, o número saltou para 36,4 mil, dados disponíveis no site do Movimento. O aumento, de exatos 11.391 sócios, foi o quinto maior do país em números absolutos.

O ápice foi logo no primeiro mês, quando de acordo com o departamento de comunicação do clube, a procura pelos pacotes de sócio torcedor aumentou em cinco vezes. Em julho, 9.075 torcedores aderiram ao quadro social tricolor, segunda melhor marca do Brasil, atrás apenas do São Paulo, que teve um aumento de 15.911 associados.

O Fluminense ficou atrás apenas do Sport, equipe que mais cresceu percentualmente no trimestre, com um aumento de 58,2% no número de sócios. O Rubro-Negro pernambucano registrou 15.191 novas adesões, chegando a 41,3 mil sócios e entrando no top 10 do Brasil.

Em números absolutos, o Tricolor foi o quinto colocado nos últimos três meses. O São Paulo foi líder, seguido por Corinthians, Sport e Flamengo, respectivamente. O resultado destoa do retorno técnico trazido por Ronaldinho, que foi praticamente nulo.
“Continuo dizendo que não tem arrependimento das coisas que faço, só do que não faço. Todos nós analisamos os fatos sem analisar os números. O clube passou em uma queda, mas em jogos que ele não foi a campo o Fluminense também não venceu”, ponderou o vice de futebol, que preferiu não colocar o declínio do time no Brasileirão na conta de R10.

Comparado com os rivais cariocas, o Fluminense teve quase o dobro do crescimento percentual de seus rivais somados, com 45,6%. O Flamengo, que registrou o maior número absoluto de adesões, com 12.912, cresceu 21,9% no período. Já o Vasco cresceu apenas 2,9%, enquanto o Botafogo encolheu 0,8% seu quadro social, totalizando 24,8% de aumento para as três equipes, número 1,85 vezes menor que no quadro social das Laranjeiras.

O clube preferiu não divulgar, ainda, outros números, como os de vendas de camisas e crescimento percentual no lucro relativo às bilheterias, fator que pode potencializar ainda mais o aumento de receitas do Fluminense no período.

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