Cotidiano

Alunos se acorrentam em faculdade em protesto contra cobrança

fies-rasgadoAlunos e ex-alunos do Grupo Educacional Uniesp se acorrentaram na manhã desta sexta-feira, 18, ao portão em frente à faculdade em protesto contra cobranças indevidas que estariam recebendo de dívidas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Eles fizeram parte do programa “Uniesp Paga”, que recebeu matrículas de 2011 a 2014, e prometia arcar com as parcelas do financiamento dos alunos que cumprissem alguns requisitos, como trabalho voluntário.

Depois de se formarem, os alunos afirmam que começaram a ser cobrados das parcelas. Segundo os alunos, 235 pessoas devem entrar com ação coletiva contra a universidade.

“A faculdade atraía alunos dizendo que pagaria o valor dos cursos caso cumprissem 10h semanais de ‘trabalho social’ em determinadas ONGs e associações. Um ano depois de se formarem, os estudantes descobriam que foram enganados ao receberem cobranças de dívidas de até R$ 80 mil”, explica nota divulgada pelos estudantes. Eles teriam sido informados que as ONGs onde fizeram os trabalhos foram descredenciadas.

Daniela Lima, de 30 anos, se formou no ano passado em História e começou a receber neste ano a cobrança. “Estamos há meses fazendo protestos e não tivemos nenhuma resposta da universidade. Vamos entrar com essa ação porque fomos enganados”, disse.

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Em nota, a Uniesp informou que o programa consistia no pagamento das parcelas do Fies pela instituição desde que “cumpridas integral e satisfatoriamente as cláusulas e obrigações constantes no contrato firmado entre a instituição de ensino e aluno”.

Entre as exigências, a universidade informou que estavam “mostrar excelência acadêmica no rendimento escolar e frequência das aulas” e realizar 6 horas semanais de atividades de “responsabilidade social”, comprovadas pelas entidades sociais conveniadas com a instituição de ensino, entre outras. Segundo a Uniesp, os alunos estão recebendo cobranças das instituições financeiras pelas quais realizaram a contratação do Fies, e não pela universidade.

“Os alunos que porventura receberam a cobrança, possivelmente não devem ter cumprido integralmente as obrigações pactuadas no contrato”, disse em nota.

Questionada pelo Estado sobre o descredenciamento das ONGs, a Uniesp não informou o motivo e se o trabalho feito pelos alunos nessas associações foi contabilizado.

Estadão

 

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