Cotidiano

Alta do dólar faz com que passagens domésticas fiquem mais caras

EMPRESAS DE AVIAOA alta do dólar fez com que muitos brasileiros desistissem de viagens internacionais, mas parece ter afetado os planos daqueles que pretendem visitar lugares dentro do país. Dados da pesquisa mensal do Ministério do Turismo apontam que, entre aqueles que desejam viajar nos próximos seis meses, 77,6% buscam destinos nacionais – índice mais alto nos últimos cinco anos. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens na Bahia (Abav-BA), José Alves, o encarecimento da moeda norte-americana fez com que a procura por destinos internacionais tivesse queda de mais de 50%. “Mesmo assim, as pessoas não param de viajar. Já está na cultura do brasileiro, mas as pessoas refizeram seus planos”.

O problema é que o aumento da demanda por destinos nacionais, aliado à redução da frota do país e o aumento da busca no segundo semestre fez com que os preços aumentassem. “As companhias aéreas reduziram cerca de 30% dos voos e malhas, porque não estava tendo demanda. Além disso, no final do ano aumenta o número de turistas historicamente, com a chegada do verão e a alta temporada. Só que as empresas não aumentam a oferta”, aponta. Alves explicou, ainda, que as empresas do setor possuem sistemas de gerenciamento de tarifas “muito sensíveis”, capazes de modificar os valores automaticamente mesmo quando há mínimas variações. “Se vai existir o Rock In Rio, ou um jogo do Brasil no Rio de Janeiro, que vai ter mais demanda, os valores sobem. Até quando morre um político.

Quando houve o enterro de Eduardo Campos, no ano passado, todos os voos pra Recife aumentaram”, contou. O presidente da Abav-Ba confessou que algumas pessoas deixam de viajar por causa de tarifas muito caras, mas defende que o trade turístico tem buscado alternativas para garantir que os brasileiros continuem viajando. “Quando a pessoa decide que vai pra algum lugar, se não acha passagem barata, vai de carro. […] Nós estamos conversando com as empresas para a reprogramação de mais voos para Salvador no Carnaval, por exemplo, ou para o Réveillon. Quando a oferta é pequena, além de ficar mais caro, vem menos gente”, alertou.

BN

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