Cidades

Gado usado em propina da JBS a políticos não era abatido

joesley e wesley batistaUma auditoria fiscal federal agropecuária nos documentos entregues pela JBS na delação premiada detalhou como se dava o esquema de pagamento de propinas a políticos do Mato Grosso do Sul usando a compra e o abate de bovinos. Os fiscais chegaram à conclusão que o gado era vendido e pago, mas nunca entregue ao comprador.
“No caso das guias de trânsito em que houve a consulta aqui ao Ministério da Agricultura, através da superintendência, nós não verificamos a existência do abate daqueles lotes correspondentes. Então, não tem registro de entrada daqueles bovinos no frigorífico”, disse Celso de Souza Martins, superintendente federal de agricultura em Mato Grosso do Sul.
Nos últimos 10 anos, a J&F teria pago R$ 150 milhões em propina em troca de descontos de R$ 500 milhões no ICMS no MS. “O próprio governador tratava comigo, ele próprio. O Boni ia lá no Palácio do Governo, em Campo Grande. Essas notas o Boni pegou em mãos com o governador, essas notas fiscais e processou o pagamento”, disse Wesley Batista.
Em nota, o governador Reinaldo Azambuja declarou que nunca recebeu qualquer vantagem indevida, e que “as quantias relativas à doação eleitoral, através do diretório nacional do PSDB, constam na prestação de contas da campanha de 2014, e que foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”. Sobre as notas fiscais frias, o governador disse que “este fato não tem qualquer relação com o nome ou as atividades dele”.
O Globo.

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