Cidades

Polícia Federal indicia Palocci por corrupção na Lava Jato

Ex-ministro da fazenda foi preso na 35ª fase da Lava-Jato.

ANTONIO PALOCCI - PREOCUPADOO ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma e da Fazenda no governo Lula Antonio Palocci foi indiciado por corrupção passiva pela PF (Polícia Federal), nesta segunda-feira (24), no âmbito da Operação Lava Jato.
O indiciamento significa que a PF encontrou indícios de crime. Agora, o MPF (Ministério Público Federal) vai decidir se apresenta denúncia contra Palocci. Só depois disso, se a denúncia for apresentada, que o juiz Sérgio Moro vai analisar o caso.
A PF comprovou que Palocci coordenou o pagamento, em várias parcelas, de R$ 128 milhões em propinas pelo setor de operações estruturadas da empreiteira Odebrecht em favor do seu grupo político.
Por decisão de Moro, Palocci está preso preventivamente na carceragem da PF em Curitiba desde o dia 26 de setembro, quando foi detido na 35ª fase da operação, cujo nome é Omertá.
A PF encontrou elementos que provam que os pagamentos foram feitos em troca da interferência direta de Palocci direta “em diversos projetos e áreas controladas pelo Governo Federal e que visavam beneficiar indevidamente a Odebrecht”.
A interface de Palocci na empreiteira era justamente o ex-presidente Marcelo Odebrecht, que também está preso e foi indiciado neste inquérito por corrupção ativa. Palocci era tratado como “italiano” nas planilhas da empreiteira.

“Provou-se, no mesmo nível de cognição, que MARCELO BAHIA ODEBRECHT era o principal ator corruptor nos fatos ora investigados, tendo mantido incessante contato com ANTONIO PALOCCI FILHO desde 2003 até 2015, desde a reuniões pessoais na sede tanto da ODEBRECHT quanto da empresa PROJETO CONSULTORIA, bem como em endereço residencial de ANTONIO PALOCCI FILHO”, diz o documento, assinado pelo delegado da PF Filipe Hille Pace.
Palocci deixou a vida pública em meados de 2011, mas, segundo a PF, isso não impediu que ele cometesse crimes. “Muito embora tenha deixado de exercer função pública a partir da metade de 2011, continuou, em virtude dos cargos que exerceu e da possível de relevo dentro do PARTIDO DOS TRABALHADORES, a gerir e a receber recurso de propina da ODEBRECHT, assim como a interferir em seu benefício”.
A PF conclui que “a partir do que foi possível apurar em esfera policial, foi o verdadeiro gestor de pagamentos de propina realizados pela ODEBRECHT e materializados nas planilhas [da Odebrecht]”.
Outros indiciados
Além de Palocci, também foram indiciados o ex-marqueiro do PT João Santana e a mulher dele, Mônica Moura; Branislav Kontic, o ex-assessor de Palocci; Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete de Dourado; e o empresário Marcelo Bahia Odebrecht.
Mônica Moura e João Santana são suspeitos de cometer o crime de lavagem de dinheiro por recebimento de US$ 11,7 milhões em 21 parcelas. Marcelo Odebrecht é suspeito de cometer o crime de corrupção ativa 16 vezes. Kontic também é suspeito de ter cometido corrupção passiva. R7

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