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Quase 80% dos brasileiros querem ‘cota’ de 50% para mulheres no poder

MULHER - POLITICAOito em cada dez brasileiros ouvidos pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão em uma pesquisa sobre a presença de mulheres na política defenderam a obrigatoriedade de uma divisão igualitária relativa ao número de candidatos e candidatas nas listas partidárias para eleições. Para 78% dos entrevistados, essa composição deveria valer, impreterivelmente, nas eleições para o Legislativo municipal, estadual e federal. Os dados fazem parte do estudo Mais Mulheres na Política, divulgado nesta terça-feira (9) em Brasília, e feito com base na resposta de mais de 2 mil pessoas com mais de 16 anos. “O Brasil ocupa o 121º lugar com relação à participação das mulheres na política em um ranking de 189 países”, informou a socióloga Fátima Pacheco Jordão, diretora do Instituto Patrícia Galvão e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras. A lista revela que países como o Iraque e o Afeganistão têm mais mulheres no poder do que no Brasil. “Não estamos acostumados, nem no futebol, nem na economia, a ter uma posição tão vergonhosa quanto esta. Se continuar neste ritmo, levaremos 150 anos para atingir a paridade [entre homens e mulheres em cargos políticos]. São 15 gerações”, disse a socióloga. Atualmente, a legislação eleitoral brasileira reserva 30% das candidaturas para as mulheres e 10% do tempo de propaganda política para cotas de sexo.

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