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Governo ‘trabalha mais para coibir movimentos sociais que em segurança’, diz vereador

PRISCO - VEREADOR 2Em tempos de farta distribuição de balas de borracha, o vereador Marco Prisco (PSDB) disparou, ainda que apenas de forma metafórica, as suas, contra a condução dada pelo governo à ação policial durante as manifestações realizadas nas últimas semanas em Salvador. O tucano, que pretende se candidatar a uma vaga na Assembleia Legislativa no próximo ano, qualificou como “bravata” a promessa do governo de apurar excessos cometidos por policiais em confrontos com manifestantes. “Para o governo do Estado não houve nenhum excesso porque a ordem foi muito bem clara e dada por ele mesmo. Quem é militar, sabe”, afirmou o legislador, em entrevista ao programa Jornal da Primeira Hora, na Rádio Cultura AM 1140.   O diretor Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra-BA) garantiu que procedem as informações de que existem policiais infiltrados nos protestos para identificar lideranças de movimentos sociais e posteriormente intimidá-las. “Infelizmente, o serviço de inteligência do governo trabalha mais para coibir os movimentos sociais e manter o PT no governo do que propriamente para lidar com a segurança pública”, disparou. Prisco admite que a imagem dos policiais militares frente à população sairá “infelizmente” arranhada por conta dos embates com ativistas durante as manifestações populares. “O governo está jogando muito bem; joga a população contra a PM e diz que vai mandar apurar os excessos, então o vilão da história é a PM e não o governo”, analisa o edil. Na sua avaliação, como se aproxima um ano eleitoral, a estratégia governamental é “desgastar” a categoria que “tem força”. Questionado se aceitaria um hipotético e improvável convite do governador Jaques Wagner para comandar a Secretaria de Segurança Pública, Prsico foi direto. “Não aceitaria porque não teria poderes para mudar o que está aí”, declarou, ao admitir que o atual gestor da pasta, Maurício Barbosa também não tem esse poder. “Se ele tivesse esse poder ou tivesse a coragem de dizer o que está acontecendo verdadeiramente na segurança pública na Bahia, não estava mais no governo”, concluiu o vereador.

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