Política

24 anos após derrubar Collor, Câmara vota impeachment de Dilma

Nem país no mundo voltou processo parecido em tão quarto espaço de tempo.

dilma temerVinte e quatro anos após o impeachment de Fernando Collor, o primeiro presidente eleito depois de duas décadas de ditadura militar, a Câmara dos Deputados decide neste domingo (17) se autoriza ou não a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
 
São necessários 342 votos para a aprovação que poderá pôr o fim da era de 13 anos do PT no poder. Caso a Câmara dê o prosseguimento para impedir Dilma, o Senado vai precisar decidir nas próximas semanas, por maioria simples, se abre o processo, causando o afastamento imediato da presidente do cargo por até 180 dias, segundo informações da Gazeta do Povo. Na guerra pelo Palácio do Planalto, a presidente Dilma e o vice Michel Temer, que assumiria em seu lugar, passaram o sábado buscando pessoalmente voto a voto o apoio de parlamentares. Ao fim do dia, aliados de ambos diziam ter os votos necessários.
 
A presidente passou o dia telefonando para parlamentares ou recebendo-os no Palácio da Alvorada e desistiu de participar de evento. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representou Dilma no evento do MST e manteve contato com deputados. No acampamento, Lula comparou as últimas negociações em busca de votos com a “bolsa de valores”, devido ao “sobe e desce” do placar do impeachment. Neste domingo (17), Dilma ficará no Alvorada acompanhando a votação, ao lado de ministros e é possível que fale à imprensa após o resultado da votação. Após ter sido pivô de uma das muitas brigas entre Dilma e Temer, que disputavam seu apoio, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab aliou-se formalmente a Temer.
Veja mais
Placar do Impeachment do “Estado” mostra 350 deputados favoráveis ao afastamento de Dilma
Gilmar Mendes nega que STF tenha admitido discutir impeachment
Para fundador do PT, “Dilma merece o impeachment”
O novo presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que substituiu Temer, garantia ter mais que os 342 votos necessários para o impeachment. J No governo, a estratégia hoje foi manter sigilo sobre os apoios conquistados porque, segundo um auxiliar presidencial, Temer voltou para Brasília para buscar indecisos que resolveram votar contra o impeachment . A caça ao voto vai se prolongar durante toda a manhã deste domingo e se estenderá durante a votação. Os governistas contabilizavam um placar apertado: entre 171 e 172 votos contra o impeachment.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios