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10 perguntas que os pais não devem fazer aos filhos

PAI E FILHO ESTUDOAs crianças estão em constante desenvolvimento – físico e mental – e pequenos hábitos durante a infância podem ter repercussões inimagináveis na vida adulta. Uma criança que, por exemplo, é criada numa espécie de ‘bolha’, tem tendência a ser uma criança que terá dificuldade em lidar com a falta de atenção na vida adulta. E uma criança que é compensada com comida corre sérios riscos de ser obesa com o avançar da idade.

Parte do desenvolvimento saudável de uma criança depende dos hábitos diários que são estipulados e também da boa relação com os pais. Contudo, essa mesma relação está dependente das ações que os progenitores têm, não fossem as crianças uma espécie de ‘esponja’ que absorve tudo o que vê à sua volta.

Tal como existem frases que os pais devem evitar dizer, existem também perguntas que os pais devem evitar fazer, segundo o El Mundo.

‘Quem você prefere, o papai ou a mamãe?’. Esta é uma das questões mais comuns dentro de uma casa e uma das que maior impacto negativo pode ter numa criança, pois a resposta (mesmo que seja honesta) vai soar ao menor como uma espécie de maldade, podendo sentir-se culpada e mal por preferir um ao outro. “É normal que os filhos tenham mais sentimentos com um progenitor do que com o outro dependendo da etapa evolutiva em que se encontram”, explica a psicóloga Sandra Granados.

Apesar do objetivo ser mostrar simpatia e boa educação, a pergunta ‘por que você não dá um beijinho em tal pessoa?’ pode ter um mau impacto na criança, que se sente obrigada a ter contato físico com quem não quer. Para a especialista, “os adultos são carinhosos com quem querem e as crianças têm que aprender o mesmo”.

A velha pergunta ‘o que quer ser quando crescer?’ até pode parecer inofensiva, mas diz a Psicologia que ela pode fazer com que as crianças entendam que só as profissões que implicam formação é que são boas para a criação de uma identidade. Durante a infância, mais vale perguntar sobre as brincadeiras que mais gostam de ter com os colegas de escola.

‘O que quer jantar hoje?’ é também uma questão comum, contudo, o poder de decisão não pode ficar na criança, sob a pena de não conseguirem, posteriormente, aceitar outras opiniões. O ideal é optar pelo modelo de negociação.

Tal como dizer ‘você é uma criança má’, questionar a criança sobre o seu comportamento deve também ser evitado. A simples pergunta ‘por que você sempre se comporta tão mal‘ pode levar o menor a pensar que os pais não gostam dele tal como é, afetando a própria auto-estima. Também a questão ‘quem começou a luta?’ pode levar a um sentimento de injustiça e tristeza na criança.

‘Gosta de mim?’. A pergunta é inofensiva e até espelha afeto por parte do pai ou da mãe, que mostra à criança que valoriza os seus sentimentos, contudo, há sempre o risco de a criança ver essa pergunta como um comportamento que deve ser adotado, acabando por não espelhar os seus sentimentos de livre e espontânea vontade, mas apenas quando lhe são pedidos.

Quanto à destreza da criança, perguntar se ‘quer que eu faça isso para você?’ é um erro, pois a criança facilmente se habitua a não realizar tarefas que lhe competem.

Já no que diz respeito à intimidade, dizem os especialistas consultados pelo El Mundo que as  perguntas: ‘tem namorado/a?’ e ‘teve relações sexuais’? não devem ser feitas, no caso dos adolescentes. Embora tenham um impacto diferente, estas duas questões afetam o bem mais valioso de um jovem: a intimidade. Além disso, podem entender tal como uma pressão.

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